O avanço construtivo que tem se alcançado a partir das tecnologias computacionais significam que quase não há limites no projeto da forma e geometria de um edifício. Os escritórios atuais de arquitetura levam a complexidade geométrica dos edifícios a um nível impressionante, que, sem dúvida, era imaginável há 10 anos. No entanto, mesmo que as formas complexas possam ser obtidas através de técnicas de pré-fabricação e manufaturas especiais, ainda existem limites para a complexidade das formas. Diante destas restrições, está em desenvolvimento um projeto inovador chamado ‘Freeform Construction Project’ , da Universidade de Luxemburgo. A investigação desenvolve peças de concreto de grandes dimensões através da impressão 3D, oferecendo uma gama enorme de possibilidades aos processos de manufatura e pré-fabricação na construção e arquitetura.
A pesquisa da Universidade de Luxemburgo está criando modelos tridimensionais digitais de peças, cuja informação de geometria é exportada para uma impressora 3D, construindo assim um modelo materializado por camadas. O que faz estre projeto tão especial é que diferentemente das impressoras 3D tradicionais, que utilizam gesso e cola, nesse trabalho se utiliza concreto para gerar estes novos componentes pré-fabricados em grande escala para a edificação.
A impressão em concreto funciona através de uma extrusão controlada de cimento em um morteiro, que é posicionado de uma maneira precisa através de informação computacional. O processo tem um potencial considerável na arquitetura, já que se pode criar formas únicas sem a necessidade de materiais sólidos, utilizando os recursos de maneira mais eficiente que as técnicas tradicionais.
Estão claras as vantagens deste experimento, onde se podem obter peças pré-fabricadas para a criação de grandes estruturas, que incorporam todos os requerimentos do edifício, como tubos e cabos em uma só unidade.
As unidades geradas podem ser adaptadas em função dos requerimentos específicos do projeto, tendo um alto grau de potencial de personalização.
O leque de possibilidades que nos dá esta nova tecnologia parece ser ilimitada, se considerarmos a capacidade da pesquisa em oferecer uma otimização do tempo e esforço na construção de edifícios, a partir apenas da criação de peças pré-fabricada por meio da impressão 3D.